Crônica

Paisagens que ficaram em mim

10 de novembro de 2023

 

Foi em uma sexta-feira de 11 de junho de 2021 que embarquei em uma viagem para a cidade históricas de Minas Gerais, uma sensação de alegria e também de apreensão, por ainda a pandemia está ativa. Sob procedimentos de higiene, máscara e muito álcool em gel 70 % nas mãos. As 19h30, o motorista ligou o ônibus e partiu com os 14 passageiros sentados cada um em sua poltrona, rumo a uma viagem diferente de todas que podíamos viver. Sim, diferente, pois para aqueles 14 passageiros, inclusive eu, era a primeira viagem após um distanciamento social, e era um momento em que era percebido na carinha de cada um ali, que faria de tudo para que aquela viagem fosse uma das melhores.

 paisagens e cronica

Sentada na penúltima poltrona do ônibus tive uma sensação de paz e de valorizar cada paisagem que eu via pela janela, o confinamento me fez enxergar de outra forma a natureza e tudo a sua volta. Cada passeio era sentido e vivido o máximo possível, como se fosse uma descoberta, um novo olhar. A volta do turismo trouxe turistas que estavam entusiasmado para retornar a vida normal, mas também que já estavam mexidos por alguma perda física ou simbólica e pelo medo do desconhecido, mas também foi um tempo em que a gente aprendeu a ver grandeza nas pequenas coisas.

Nas montanhas de Minas, percebi que a paisagem não era só o que se via, era o que se sentia. Era o ar livre entrando pelos meus pulmões, o sol aquecendo o meu rosto sem máscara, o sorriso encontrado ainda tímido entre turistas estranhos. E uma coisa incrível mudou dentro de mim diante de um momento tão complicado que foi a pandemia de covid. Que viajar pelo Brasil foi voltar para casa de um jeito diferente, com o coração cheio de pertencimento, admiração e valorização da história e da cultura brasileira. As paisagens que ficaram em mim, não foram apenas das igrejas e das montanhas, mas que a paz e a liberdade também são feitas de caminhos.

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