
Foi em uma sexta-feira de 11 de junho de 2021 que embarquei em uma viagem para a cidade históricas de Minas Gerais, uma sensação de alegria e também de apreensão, por ainda a pandemia está ativa. Sob procedimentos de higiene, máscara e muito álcool em gel 70 % nas mãos. As 19h30, o motorista ligou o ônibus e partiu com os 14 passageiros sentados cada um em sua poltrona, rumo a uma viagem diferente de todas que podíamos viver. Sim, diferente, pois para aqueles 14 passageiros, inclusive eu, era a primeira viagem após um distanciamento social, e era um momento em que era percebido na carinha de cada um ali, que faria de tudo para que aquela viagem fosse uma das melhores.

Sentada na penúltima poltrona do ônibus tive uma sensação de paz e de valorizar cada paisagem que eu via pela janela, o confinamento me fez enxergar de outra forma a natureza e tudo a sua volta. Cada passeio era sentido e vivido o máximo possível, como se fosse uma descoberta, um novo olhar. A volta do turismo trouxe turistas que estavam entusiasmado para retornar a vida normal, mas também que já estavam mexidos por alguma perda física ou simbólica e pelo medo do desconhecido, mas também foi um tempo em que a gente aprendeu a ver grandeza nas pequenas coisas.
Nas montanhas de Minas, percebi que a paisagem não era só o que se via, era o que se sentia. Era o ar livre entrando pelos meus pulmões, o sol aquecendo o meu rosto sem máscara, o sorriso encontrado ainda tímido entre turistas estranhos. E uma coisa incrível mudou dentro de mim diante de um momento tão complicado que foi a pandemia de covid. Que viajar pelo Brasil foi voltar para casa de um jeito diferente, com o coração cheio de pertencimento, admiração e valorização da história e da cultura brasileira. As paisagens que ficaram em mim, não foram apenas das igrejas e das montanhas, mas que a paz e a liberdade também são feitas de caminhos.


